quinta-feira, 24 de janeiro de 2008

The Verve - Bitter Sweet Symphony

Passei o dia com essa música na cabeça. Lembrei de vários, quase todos, os momentos em que a ouvi. Minha vida tem mesmo trilha sonora! Porém, não se iludam, nem sempre tão boa! ;)



"But I'm a million different people
from one day to the next
I can't change my mold
No, no, no, no, no

Well I never pray
But tonight I'm on my knees yeah
I need to hear some sounds that recognize the pain in me, yeah
I let the melody shine, let it cleanse my mind, I feel free now
But the airways are clean and there's nobody singing to me now"

Em resposta...




"Uma entrevistada do programa da BBC, Inglaterra, na Hora das Mulheres, falou sobre suas experiências como prisioneira de guerra:
-Quando uma pessoa já experimentou muitos sofrimentos, sabe apreciar as fraquezas e as boas qualidades até mesmo dos próprios inimigos. Por que deve ser nosso inimigo completamente mau, ou a vítima completamente boa? Ambos são criaturas humanas, com o que é bom e o que é mau. E creio que se apelarmos para o lado bom das pessoas teremos êxito, na maioria dos casos.
Sei o que ela quis dizer, mas está errado. Há uma hora em que se deve esquecer a própria compreensão humana e tomar um partido, mesmo errado, pela vítima, e um partido, mesmo errado, contra o inimigo. E tornar-se primário a ponto de dividir as pessoas em boas e más. A hora da sobrevivência é aquela em que a crueldade de quem é vítima é permitida, a crueldade e a revolta. E não compreender os outros é que é certo." Clarice Lispector

Nancy Sinatra, Bang Bang




"Remember when we used to play,
Bang bang, I shot you down
Bang bang, you hit the ground
Bang bang, that awful sound
Bang bang, I used to shoot you down"

Skye Edwards, Feel Good Inc.

sábado, 19 de janeiro de 2008

Disse-me uma querida pessoa... E não foi Fernando!




Como é por dentro outra pessoa
Quem é que o saberá sonhar?
A alma de outrem é outro universo
Como que não há comunicação possível,
Com que não há verdadeiro entendimento.
Nada sabemos da alma
Senão da nossa;
As dos outros são olhares,
São gestos, são palavras,
Com a suposição de qualquer semelhança
No fundo.

(Fernando Pessoa - 1934)

domingo, 13 de janeiro de 2008

Felicidade...





"Fingia que não o tinha, só para ter o susto de ter. Horas depois abria-o, li algumas linhas maravilhosas, fechei-o de novo, fui passear pela casa, adiei ainda mais indo comer pão com manteiga, fingi que não sabia onde guardara o livro, achava-o, abria-o por alguns instantes. Criava as mais falsas dificuldades para aquela coisas clandestina que era a felicidade. A felicidade seria sempre clandestina para mim. Parece que eu precentia."C.L.

Quem disse que eu Mudei?




"Não importa que a tenham demolido
A gente continua morando na velha casa em que nasceu." Mario Quintana

"...Oh! a alegria das coisas com aquela mudança
Para onde? Não importa! DEsde que não seja
Este mesmo eterno lugar!" Mario Quintana

"Tô sempre me procurando. Sempre que eu me encontro, descubro que mudei de endereço!"
Bianca Ramoneda.

terça-feira, 1 de janeiro de 2008

Ano Novo





"Mesmo parecendo clichê, foi uma virada de ano cheia de sinais. Uns do tipo sutil, outros que me saltaram aos olhos. Estou grata por percebê-los. Fica então a questão: "e agora José?" O que farei com meus sinais?" Ur.




RECEITA DE ANO NOVO

Para você ganhar belíssimo Ano Novo
cor do arco-íris, ou da cor da sua paz,
Ano Novo sem comparação com todo o tempo já vivido
(mal vivido talvez ou sem sentido)
para você ganhar um ano
não apenas pintado de novo, remendado às carreiras,
mas novo nas sementinhas do vir-a-ser;
novo
até no coração das coisas menos percebidas
(a começar pelo seu interior)
novo, espontâneo, que de tão perfeito nem se nota,
mas com ele se come, se passeia,
se ama, se compreende, se trabalha,
você não precisa beber champanha ou qualquer outra birita,
não precisa expedir nem receber mensagens
(planta recebe mensagens?
passa telegramas?)

Não precisa
fazer lista de boas intenções
para arquivá-las na gaveta.
Não precisa chorar arrependido
pelas besteiras consumadas
nem parvamente acreditar
que por decreto de esperança
a partir de Janeiro as coisas mudem
e seja tudo claridade, recompensa,
justiça entre os homens e as nações,
liberdade com cheiro e gosto de pão matinal,
direitos respeitados, começando
pelo direito augusto de viver.

Para ganhar um Ano Novo
que mereça este nome,
você, meu caro, tem de merecê-lo,
tem de fazê-lo novo, eu sei que não é fácil,
mas tente, experimente, consciente.
É dentro de você que o Ano Novo
cochila e espera desde sempre.